Segundo Braulio Henrique Dias Viana, reduzir custos com inteligência significa cortar desperdício, não valor percebido pelo cliente. Se a sua meta é ampliar a margem sem ferir a experiência, comece por um diagnóstico enxuto, metas claras e rituais semanais de acompanhamento. Continue a leitura para entender princípios práticos, identificar perdas invisíveis, sustentar qualidade e transformar eficiência em vantagem competitiva.
Diagnóstico que enxerga o invisível
Fluxos alongados, retrabalho e aprovações redundantes drenam caixa silenciosamente. Mapear o processo ponta a ponta (do pedido ao recebimento) revela tempos de ciclo, gargalos entre áreas, entradas manuais e inconsistências de dados. Conforme Braulio Henrique Dias Viana, o diagnóstico combina três lentes: indicadores operacionais (lead time, taxa de defeitos, custo por transação), evidências de campo obtidas no gemba e a voz do cliente.
Ao cruzar dados com observação direta, distinguimos sintomas de causas reais, como metas conflitantes, falta de padrão, integrações ausentes ou políticas comerciais que geram retrabalho. Classificar cada perda por impacto financeiro e facilidade de captura permite priorização técnica, não política.

Padronização e simplificação antes do corte
Processos variáveis encarecem a operação. Formular padrões simples para entradas, saídas e critérios de aceite reduz ambiguidade, acelera decisões e previne falhas. Padronizar formulários, consolidar etapas e eliminar exceções (quando não essenciais) diminui erros e encurta prazos. Além disso, checklists objetivos e treinamentos curtos tornam o “básico bem-feito” inevitável. A simplificação cria terreno fértil para ganhos sustentáveis, pois reduz a complexidade que, de outro modo, seria “robotizada” posteriormente.
Automação com tese de valor e governança leve
Automatizar cedo demais apenas acelera ineficiências. Como destaca Braulio Henrique Dias Viana, a sequência saudável é simplificar, padronizar e só então automatizar. Priorize processos de alto volume e baixa variação, defina métricas base, um limite explícito de sucesso e compare o antes e o depois em pilotos curtos. Use RPA para tarefas repetitivas baseadas em regras, integrações via API para orquestrar sistemas e inteligência artificial quando a decisão for probabilística, como classificação de chamados. Crie um catálogo vivo de automações com dono, SLA e indicadores de confiabilidade. Observabilidade (logs, alertas e painéis) mantém disponibilidade e acelera correções, evitando paradas caras.
Compras estratégicas e relacionamento com fornecedores
Negociar exclusivamente por preço unitário costuma gerar economias aparentes e custos ocultos. Avalie total cost of ownership, incluindo frete, prazo, qualidade, garantia e nível de serviço. Lotes consolidados, contratos por desempenho e acordos de melhoria contínua com métricas compartilhadas elevam previsibilidade. SLAs claros e auditorias colaborativas alinham expectativas, reduzem litígios e sustentam qualidade. Quando o fornecedor participa do desenho do padrão, a cadeia inteira fica mais estável e barata.
Qualidade como alavanca de economia
Defeitos custam múltiplas vezes o investimento preventivo. Inspeções no ponto certo, amostragens inteligentes e controles no início do fluxo evitam retrabalho no fim, onde o custo é maior. Registros de não conformidade, análise de causa-raiz e ações corretivas padronizadas transformam incidentes em aprendizado organizacional. Ao reduzir a variação, você diminui estoque em processo, elimina retrabalho e encurta o caminho até o caixa, um triplo ganho que melhora margem sem tocar no valor entregue.
Métricas que importam para o P&L
Não existe redução de custo sustentável sem medição disciplinada. Diferencie indicadores de resultado (margem, custo por pedido, satisfação do cliente de indicadores de direção) tempo de ciclo, taxa de defeitos, produtividade por pessoa, conversão por etapa. De acordo com Braulio Henrique Dias Viana, poucos indicadores bem escolhidos movem mais do que longas listas. Estabeleça linhas de base confiáveis, metas trimestrais e donos explícitos por métrica. Painéis simples, atualizados diariamente, reduzem narrativas, aceleram decisões e permitem correção de rota antes que desvios se acumulem.
Onde a economia vira hábito?
Ganhos isolados desaparecem sem cadência. Ritos semanais de 30 minutos por equipe (focados em indicadores críticos, riscos e próximos passos) mantêm o sistema produtivo. Reuniões quinzenais multifuncionais removem impedimentos que extrapolam a alçada dos times. Retrospectivas mensais se convertem em novos padrões, com documentação objetiva e treinamentos curtos. Como pontua Braulio Henrique Dias Viana, uma comunicação clara sobre o motivo de cada mudança fortalece o engajamento e reduz a resistência natural.
Autor: Calvin Carter





