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Doria levará o PSDB a uma grande derrota, diz Aécio

O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) declarou, nesta segunda-feira (16), que o pré-candidato à Presidência da República João Doria, se for até o fim, levará o partido a uma grande derrota.

“Eu acho que Doria será um candidato que levará, se for até o final, o PSDB a uma grande derrota. Mas ele venceu as prévias, contra o nosso, contra todas as nossas manifestações”, afirma Aécio, que apoiou o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Na opinião do parlamentar, seria “mais legitimo, é aqueles que bancaram a candidatura de Doria, deram a ela instrumentos para vencerem as prévias, e me refiro ao presidente [do PSDB] Bruno Araújo, ao governador Rodrigo Garcia, seria muito mais correto que eles se sentassem de frente com o candidato, junto com outros governadores, outros parlamentares” e dissessem: “sua candidatura trará esses e esses prejuízos ao país, com as nossas candidaturas, ao governo de São Paulo, em especial.”

Aécio não concorda com a contratação de uma pesquisa para definir a candidatura única da terceira via junto ao MDB e o Cidadania, e considera que a alternativa colocará “o PSDB no colo de uma outra candidatura que se sequer nós sabemos se será candidatura, que é da senadora Simone [Tebet, pré-candidata pelo MDB], a quem eu respeito profundamente.”

O Instituto Guimarães, responsável pelo levantamento, comunicou, que coletou todas as informações, no sábado (14) e no domingo (15). Ao todo, foram duas mil entrevistas realizadas presencialmente em 23 estados, distribuídos por todas as regiões do país, em que foram ouvidas pessoas de perfis variados quanto ao gênero, idade e renda.

A divulgação do resultado está prevista para esta quarta-feira (18), em meio a queixas de Doria, que classificou, em uma carta, como “golpe” o método de escolha do grupo partidário.

Após o acontecimento, Bruno Araújo convocou, para terça-feira (17), uma reunião ampliada da Executiva Nacional do PSDB, com a presença das bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado. Apurou que o dirigente deve trabalhar para, durante o encontro, tentar obter maioria e deliberar contra a candidatura de Doria.

O advogado do ex-governador, Arthur Rollo, afirmou que o pré-candidato não teve a intenção de “brigar ou romper, ao contrário. Foi uma carta dizendo o seguinte: o estatuto do deve ser seguido e o resultado das prévias ser homologado na convenção partidária.”

“Entendemos que há uma tentativa de golpe, a sobreposição de uma minoria à vontade da maioria dos 30 mil participantes das prévias”, continuou Rollo.

Bruno Araújo comunicou que “não se pronunciará até depois da reunião”. Rodrigo Garcia e João Doria ainda não responderam aos questionamentos da reportagem.

Calvin Carter
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